23 de outubro de 2017

O amor me levou pra dançar

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    Pintei um cavalheiro que me salvaria daquela solitária escuridão. E fiquei o esperando naquela  vazia calçada. Volta e meia a vida me chamava pra dançar, mas recusava seu pedido. Grande expectativa. Nenhuma reação. O esperei. Ele não veio. Tamanha  foi a frustração, dias cinzas me seguiram. Então um raio de sol, refletiu levemente em meu rosto.  Em grande exultação, o avistei de longe. La estava ele. Pensei que enfim viveria. Abracei a vida e dancei com os olhos fixos nele. Enquanto a vida me embalava, ele olhou em meus olhos e partiu. Desacelerei os passos. Olhei pra vida, e me afastei. Vi o desmanchar de todos os traços que eu pintei com afeição. Se desfez os sonhos as quais me entreguei. Eu fechei os olhos minha esperança sucumbiu, uma lagrima escorregou em meu rosto. Alguém me abraçou e eu me acomodei aos seus braços. Em soluços o olhei mas não o reconheci. Mas diferente do que antes me abandonará, ele ficou. Me tomou pelas mãos, me embalou em seus braços e minha alma balançou. Pouco a pouco reconheci o compasso, que desde criança me embalava os sonhos. Ele era a vida. Minha sintonia perfeita, dono de toda a beleza. Me atraiu com seu olhar. Meu sorriso que era escasso, agora farto, era pouco para expressar. Me levou aos altos montes, aos Campos floridos. Já não viveria sem seu olhar. Não encontrei o amor, Ele me encontrou, e me levou pra dançar.

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